quarta-feira, 8 de julho de 2009

Periquita 2005


Há muitos anos quando iniciei minha incursão neste terreno maravilhoso que é a degustação de vinhos experimenteu este vinho português das terras do Sado produzido pela gigante José Maria da Fonseca. Na ocasião havia gostado muito e guardado boas impressões.
Em verdade, não é um vinho que desagrada, mas após anos de degustação de muitos outros rótulos, é natural que o indivíduo passe a esperar mais. Não é o que encontra neste vinho, pois é um vinho bastante simples, embora confirme uma virtude que é servir muito bem a uma degustação despretensiosa, sobretudo harmonizada com um bom prato, eu até sugeriria com queijos de sabores não muito fortes, frutos do mar e carnes brancas com molhos também não muito fortes.

Com uma cor de um vermelho rubi, já com auréola de um vermelho tijolo, o vinho é muito magro. A sensação olfativa que me evocou inicialmente não foi das mais agradáveis, com algo que lembra a borracha, mas penso que não causará incômodo algum aos narizes menos treinados. Ao fundo, aroma floral. Se ao paladar me parece um tanto sem graça, também não sobressai vício algum, tendo a virtude de agradar àqueles que não estão acostumado a taninos fortes, pois são quase imperceptíveis aqui.

Em resumo, eu diria que é uma boa opção para quem não é tão exigente assim com o vinho e não espera mais dele do que um coadjuvante para um bom prato e de uma boa conversa e, sobretudo, para quem não se acostumou ainda aos vinhos secos e pretende, aos poucos, adentrar no universo da enofilia. Se não é de chamar a atenção, também não faz vergonha, além de ter um preço convidativo (cerca de R$ 20,00), devendo evitar as extorsões cometidas por alguns restaurantes.

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