sexta-feira, 24 de julho de 2009

Fortaleza do Seival Pinot Grigio 2008

Vinho da linha miolo Fortaleza do Seival que, na minha opinião, tem produzido alguns vinhos bem trabalhados a um preço justo (embora já se veja algumas redes de supermercado praticando uma verdadeira espoliação contra o consumidor mais desavisado). A denominação pinot grigio é a denominação italiana que se dá à pinot gris francesa, variação da pinot noir. É um vinho jovem e pronto pra beber. Sua coloração é bastante clara, com reflexos de amarelo palha e esverdeado. Aromas não muito intensos, sem vestígio de madeira, predominando frutas brancas. Corpo médio e sabor bastante agradável, com retrogosto persistente. Na minha opinião, de quem tem preferência esmagadora pelos tintos, é um vinho branco encantador, sobretudo para ocasiões simples e para acompanhar um bom prato de frutos do mar ou queijos fracos, por exemplo.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Trivento Merlot Malbec 2007

Honestamente, um vinho muito adequado à faixa de preços (não mais do que R$ 15,00, tendo eu adquirido-o por R$ 12,00). O fato é que são raras as alternativas nesse patamar de preços, de modo que este argentino é sempre o primeiro que me vem à cabeça, até mesmo pela facilidade de ser encontrado nos supermercados. Embora seja um vinho muito simples, não provoca a sensação de que o consumidor jogou dinheiro fora. Sem complexidade aromática, lembrando aromas herbáceos e geléias. Corpo muito magro, pouca formação de lágrimas, muito lentas. Taninos e acidez muito fracos, mas equilibrados. Pode-se tornar muito mais agradável se harmonizado adequadamente.

sábado, 18 de julho de 2009

Fortaleza do Seival Tempranillo 2006

Outro rótulo da Miolo, produtora nacional de vinhos, produzido este na Campanha Gaúcha (caracterizada por seus dias quentes e noites frias) onde vem plantando essa casta originariamente espanhola, a Tempranillo (em Portugal, Tinta Roriz e Aragonez), resultando em um vinho razoavelmente agradável ao paladar, apesar do alto teor alcoólico.
Visualmente, tem coloração rubi, com muitas lágrimas porém lentas, já denotando o alto teor alcoólico. No nariz, pude perceber um leve aroma de rosas e de especiarias (algo como o Cury), que emergem dentre os aromas de frutas vermelhas maduras. Na boca, com taninos fracos, mas achei a acidez um pouco elevada, bem como o seu teor alcoólico. Retrogosto pouco marcante, aliás, como todo o conjunto, embora seja realmente um vinho razoavelmente agradável. Vale a pena pela curiosidade de apreciar as características dessa uva em solo brasileiro.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Adega do Vale Syrah 2006

Vinho produzido no Vale do São Francisco, região que vem se destacando como uma das regiões vitivinícolas do Brasil, cuja qualidade de alguns rótulos já vem sendo reconhecida recentemente. Há muito tempo venho consumindo os vinhos da região, embora nunca tivesse experimentado esse anteriormente. Considerei um dos melhores. Um vinho muito equilibrado e razoavelmente bem elaborado, que se tratando de um syrah é coisa muito delicada de se obter. Sobretudo considerando o custo benefício. É um vinho fácil e macio. Cor vermelha rubi com reflexos atijolados, formação de lágrimas que tingiram o copo. No nariz, leve aroma de geléia de framboesas e groselhas ao longe. Na boca, confirma-se o gosto de frutas vermelhas, com os taninos bastante tímidos, o que deve agradar aos paladares menos afeitos aos vinhos secos. Corpo médio. Não sei se melhora com o tempo, o que confirmarei, já que tenho algumas garrafas de safras mais antigas, as quais ainda não abri.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Periquita 2005


Há muitos anos quando iniciei minha incursão neste terreno maravilhoso que é a degustação de vinhos experimenteu este vinho português das terras do Sado produzido pela gigante José Maria da Fonseca. Na ocasião havia gostado muito e guardado boas impressões.
Em verdade, não é um vinho que desagrada, mas após anos de degustação de muitos outros rótulos, é natural que o indivíduo passe a esperar mais. Não é o que encontra neste vinho, pois é um vinho bastante simples, embora confirme uma virtude que é servir muito bem a uma degustação despretensiosa, sobretudo harmonizada com um bom prato, eu até sugeriria com queijos de sabores não muito fortes, frutos do mar e carnes brancas com molhos também não muito fortes.

Com uma cor de um vermelho rubi, já com auréola de um vermelho tijolo, o vinho é muito magro. A sensação olfativa que me evocou inicialmente não foi das mais agradáveis, com algo que lembra a borracha, mas penso que não causará incômodo algum aos narizes menos treinados. Ao fundo, aroma floral. Se ao paladar me parece um tanto sem graça, também não sobressai vício algum, tendo a virtude de agradar àqueles que não estão acostumado a taninos fortes, pois são quase imperceptíveis aqui.

Em resumo, eu diria que é uma boa opção para quem não é tão exigente assim com o vinho e não espera mais dele do que um coadjuvante para um bom prato e de uma boa conversa e, sobretudo, para quem não se acostumou ainda aos vinhos secos e pretende, aos poucos, adentrar no universo da enofilia. Se não é de chamar a atenção, também não faz vergonha, além de ter um preço convidativo (cerca de R$ 20,00), devendo evitar as extorsões cometidas por alguns restaurantes.

sábado, 4 de julho de 2009

Salton Volpi Cabernet Sauvignon 2003


Trata-se de um corte de Cabernet Sauvignon (85%), Merlot (5%), Tannat (5%) e Cabernet Franc (5%), resultando em um vinho bastante equilibrado e dotado de um excelente bouquet. Coloração de um vermelho rubi, ainda não aplacado com a idade. Boas lágrimas, percebe-se no início um aroma herbáceo, frutas vermelhas maduras e coco. Taninos muito atenuados e acidez controlada. Pouco corpo e sem muita evolução com a idade, mas um vinho realmente agradável. Um vinho nacional capaz de competir em pé de igualdade com outros estrangeiros da mesma faixa de preços.